quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Nada a dizer

Gosto do aconchego do silêncio, da quietude que sussurra histórias de nós, do afago que afasta nossos medos.
Gosto do silêncio das palavras não ditas, que sufoca as mal ditas.
Gosto do silêncio...gosto do silêncio que conversa com a gente, que transpira, do silêncio que inspira.
Ah!! Gosto do silêncio que permite nos ouvirmos e que nos faz capaz de ouvir com o ouvido do outro.
Gosto do silêncio que grita escolhas até então abafadas pela fala.
Gosto do silêncio...

Onde?

Um som estridente me trouxe de volta. Sei bem não onde estava, é verdade...apenas fragmentos de sentidos sem um sentido certo. História sem começo, sem fim. Meio há, também pudera, vazia a cabeça nunca fica.
E nesse sentido melhor seria o verbo estar, mais flexível, mais amigável com o momento, mais receptivo com o lugar onde estava, ainda que já tenha dito que de tal lugar tenha apenas lampejos. Se pra lá ou pra cá, sei ao certo não.
E se não fosse a fúria da madame ao meu lado, que esqueceu a mão na buzina, lá ainda estaria...