domingo, 3 de outubro de 2010

Quem é esse tal pragmatismo?

Virou moda nos últimos anos, ganhou corpo, está ao seu lado agora, a espreita...
Não tenho nada contra as escolhas racionais, mas que mal há em ser passional às vezes?
Que coisa chata! Discursos insossos, falta de embates.
Lembro quando nossas discussões vinham carregadas de simbolismo: “A esperança vai vencer o medo”. Não importava o lado, importava sim que havia sentimento nas posturas que defendíamos. Éramos apaixonados! Discutíamos com desconhecidos ou com os amigos.
Havia graça, humor, espaço para o politicamente incorreto. E não estou falando dos “Tiriricas” da vida, afinal, fazer piada assim é que é ser pragmático.
Faço coro com Arnaldo Antunes: Socorro!!!
“Eu não estou sentindo nada!
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir...”

Onde quer que a gente esteja

Uma brisa úmida entra pela porta da varanda e os sinais de chuva invadem a sala. Os ruídos ouvidos ao longe dão conta de que a noite segue movimentada lá fora, pelo menos o que resta dela.
Normalmente, essa hora da madrugada, estou em um sono profundo, mas hoje inverti o dia pela noite. Dormi a tarde um sono satisfeito. Horas antes almocei com amigos. Papo animado, regado a cerveja, feijoada e...lembranças.
Paulista que sou, longe de casa, viro alvo frequente das perguntas: Sente falta de São Paulo?
Não, sinto falta dos amigos. E como sinto falta! Mesmo daqueles que pouco encontrava por causa da correria do dia-a-dia. Sempre atrasado, sempre cheio de coisas a resolver, cheio de trabalho, cheio...restava meu canto.
A casa da gente é onde quer que a gente esteja, mas são os amigos que nos fazem criar raízes.
Amanhã vai chover!