sábado, 26 de junho de 2010

Penso no mar

Apago a luz, deito, recosto a cabeça no travesseiro, mas ela insiste em não descansar. Dezenas de pensamentos, a maioria improdutivos é verdade...permita-me ser generoso comigo nesse momento.
A cabeça tem vida, segue os próprios caminhos, nem sempre em paz com o corpo. Obriga-o a revirar de um lado para outro noite a dentro. É uma luta sim, daquelas vividas por Santiago, o personagem de Hemingway.
Penso no mar. Não nos seus mistérios, não na grandiosidade, não na violência. Vislumbro a marola a beira da praia, em movimentos constantes, ainda que disformes. A marola que forma desenhos para no segundo seguinte apagá-los, me leva para as profundezas.
Durmo!!
Ao acordar espio por entre as janelas...ele está lá. O mar me trouxe de volta e sigo em frente. O poeta já dizia:” minha jangada vai sair pro mar...meu bem querer...”