segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Preconceito ou falta de informação

Leio nos jornais de hoje que 87% das mais de 5.500 bolsas de estudo não preenchidas do Prouni são de cursos de educação a distância.
Explica o jornalista que isso se deve ao preconceito.
Pergunto: de quem?
É fato que há sim desconfiança em relação a educação a distância, mas só isso não é suficiente para entender a equação.
Será que não é plausível refletirmos se os alunos têm acesso a rede? Pode parecer estranho, mas a grande maioria da população brasileira não tem computador em casa, o que dirá, banda larga...
Afora esse pequeno detalhe, também acho que falta um pouco de divulgação, ou melhor, de experiência de marca.
Aí vai uma sugestão: que tal as universidades permitirem que os candidatos tenham acesso e se familiarizem com o sistema, antes de tomarem a decisão.
Um país que necessita urgentemente de investimentos na área educacional não pode se dar ao luxo de ter preconceito com novas plataformas.
O risco é a educação ficar ainda mais distante de todos nós...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Hoje não teve cerveja

Não enchemos o copo, não brindamos. Não demos risadas, não falamos alto, não nos sentamos ao redor da mesa na varanda, não degustamos petisco algum, não fizemos um sanduiche, não cantamos nem certo nem errado.
Não falamos das histórias passadas, de tantas histórias vividas e revividas em outros tantos momentos. Não!
Sentimos apenas o gosto do quero mais. Amigos são assim, feitos do dia-a-dia, dos dias transformados em semanas, das semanas em meses, dos meses em anos, dos anos em décadas.
Hoje o copo transbordou de saudade. Nos vemos em breve, em uma varanda qualquer daqui ou daí...ah! E com o copo cheio de histórias...quem sabe levo o vizinho. Hoje as luzes apagaram mais cedo.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Na beira...

Os pés procuram o frescor da areia umida, se aconchegam em solo não tão firme. Quando a maré sobe afundam sob o peso do corpo. Desaparecem...
As idas e vindas da marola provocam um desequilíbrio, nada suficiente para uma queda, apenas um leve balançar.
Viro o tronco e olho para trás. A agitação aparente, vozes dispersas, os carros passando ao fundo.
Ajeito o corpo...não procuro respostas, mas há um turbilhão de perguntas a minha frente.
Um pouco de força e consigo desprender os pés do buraco que se meteram, ou melhor, do buraco que moldaram.
A maré sobe novamente e minhas pegadas já não estão mais na beira da praia.