sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Na beira...

Os pés procuram o frescor da areia umida, se aconchegam em solo não tão firme. Quando a maré sobe afundam sob o peso do corpo. Desaparecem...
As idas e vindas da marola provocam um desequilíbrio, nada suficiente para uma queda, apenas um leve balançar.
Viro o tronco e olho para trás. A agitação aparente, vozes dispersas, os carros passando ao fundo.
Ajeito o corpo...não procuro respostas, mas há um turbilhão de perguntas a minha frente.
Um pouco de força e consigo desprender os pés do buraco que se meteram, ou melhor, do buraco que moldaram.
A maré sobe novamente e minhas pegadas já não estão mais na beira da praia.

Um comentário:

  1. Muito lindo. Impossível não se aperceber que tudo isto que você escreve parte do fundo do coração. Sucesssos. Abs

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