Tenho me surpreendido, não raras vezes, como uma inversão de valores que coloca o particular acima do público. E digo isso em relação a coisas do cotidiano mesmo...
Nesse final de semana um motorista de ônibus avançou o sinal vermelho, em Cariacica, na Grande Vitória. Para sorte dele, dos passageiros e dos outros condutores que iriam cruzar a pista, nada de mais grave aconteceu...até que um policial decidiu segui-lo e multá-lo.
Revoltado, ele reuniu os companheiros de profissão no terminal e organizou um protesto.
Pronto, nenhum ônibus saiu...a população que aguardava na fila, na fila ficou. Mas como paciência tem limite, os usuários decidiram também protestar e fecharam uma rodovia federal, a BR 262.
Confusão armada por mais de duas horas, em pleno domingão!!
Tudo porque alguém acha que tem mais direitos que outro alguém, ainda que não respeite ninguém...
Situação absurda e, como bem destacado, demonstra a inversão de valores nos dias de hoje. Muitos erros e pouca sensatez...
ResponderExcluirAlém da inversão de valores, muito bem definida no seu texto, temos a constatação preocupante de um juízo de valores corporativista que nada lembra a sua nobre missão, ou seja, por um simples capricho do sindicato em represália a uma ação policial o constitucional e “sagrado “direito de ir e vir da população foi dizimado. Tem-se aí, explicitamente, a ausência do senso de democracia que tanto fez valer as lutas neste país, antes, durante e depois do Golpe Militar. É a categórica defesa do indefensável em nome do povo sem o norte e sem causa...só com o efeito de atrapalhar a nossa pífia mobilidade urbana.
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