sábado, 2 de junho de 2012

Choro

Os olhos ficaram marejados. Inundados aos poucos...até que a lágrima vence a barreira e escorre, lenta, triste, procurando caminho pelo rosto, deixando um rastro fino. 
O dedo interrompe a trajetória, desvia o curso discretamente, quase com vergonha. Espalha pela pele os resíduos, que o dorso da mão se incumbe de dar fim. Tentativa apenas, frustada. 
Juntam-se outras a primeira lágrima, e ainda que não exageradas, em quantidade suficiente para escapar ao controle.
Um gosto salgado se precipita sobre os lábios e a emoção posta para fora se internaliza. 
Fecham-se os olhos, como se fechados melhor pudessem ver as marcas deixadas. Não se pode. Abertos tão pouco...

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