sábado, 11 de junho de 2016

A ajuda do acaso

Procuramos por padrões. Assim nos sentimos mais confortáveis, menos inseguros.
Legítimo é, não verdadeiro! Bastaria argumentar que nossos julgamentos sobre os encontros e desencontros da vida não são precisos frente a informações imperfeitas ou incompletas.
Bastaria, digo, porque sequer nos damos conta disso.
Seguimos com a certeza inexorável dos eventos que se repetem hoje, amanhã e depois de amanhã…
Negamos o aleatório. Expurgamos o acaso.
De que adianta? Ele está a espreita.
Assim é o amor, não?
A diva pop Amy Winehouse cantou que o amor é um jogo de azar.
Quer mais aleatoriedade? Jogue o dado e espere pelo número desejado. A chance de você errar é muito maior do que acertar. 5 contra 1.
Mas acontece…na mesa de um bar, no elevador, em uma fila qualquer, num esbarrão sem querer, na cozinha, entre dois olhares que se cruzam.
Destino?
Alguns diriam que sim. A antiga lenda chinesa do Fio Vermelho conta que quando nascemos os deuses amarraram em nossos tornozelos um fio vermelho invisível nos ligando eternamente a nossa alma gêmea. Quanto mais emaranhado estiver o fio, mais perto estamos da pessoa amada…a sutileza é que o fio pode permanecer esticado por toda vida, e ainda que as pessoas estejam ligadas, nunca vão se cruzar.
Por isso, no jogo de encontros e desencontros da vida, marcados pela aleatoriedade, se ao jogar o dado você tiver a sorte de tirar o número desejado, então, recolha os dados e não deixe que o fio vermelho se estique.
O acaso te ajudou e o destino é você quem constrói!!

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