Já não escrevo para afastar meus fantasmas, não. Dialogo com eles afim de entendê-los. Há familiaridade entre nós...somos feitos da mesma carne, da mesma alma.
Delicadamente os convido para uma dança, tal qual os Deuses africanos. No início, falta-nos a harmonia dos exímios dançarinos, vencida com a persistência da agulha que sangra as canaletas do disco em voltas e mais voltas...assim, antes que a música acabe, lá estamos nós, feito pares perfeitos em um enorme salão, sem paredes, sem verdades postas à priori. Vamos nos descobrindo, nos entrelaçando, nos fundindo!
Não escolho os fantasmas que encontro pelo salão, mas escolho sim a melodia e o ritmo...seguimos dançando, eu e meus fantasmas...já não os quero longe de mim!!!
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