quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pequeno poder

Sabe com quem está falando?
Eita perguntinha chata, daquelas de tirar qualquer um do sério mesmo.
E acontece comigo, e como...
Ainda que seja uma pergunta ela não pretende uma resposta, pelo contrário, impõe o silêncio, castra o dialogo.
Quase sempre vem embrulhada em ironia, sem falar no grau de petulância que nem sequer cabe no sujeito. E só para seguir na mesma linha da arrogância, quase sempre também quem pergunta não é ninguém.
Arrisco dizer até que ela demonstra o grau de civilidade do interlocutor.
Sim, por trás da singela frase há uma ideia de poder  ultrapassada, aquela que não admite contestação, que valoriza o monólogo...
Apenas a título de reflexão, um dos filósofos que conceituou o poder, Michael Foucault, falava que o poder é exercido em rede, não há um entidade centralizadora.
Na era da informação parece que nem mesmo os "comunicólogos", principalmente alguns assessores de imprensa travestidos de jornalistas, entendem.
Para sua pergunta só nos cabe a resposta: não amigo(a), não sei.
Ah!! E nem me importa...

Um comentário:

  1. Esta é uma característica principal dos angolanos. A isto eu atribuo o pseudónimo de "síndrome do pequeno poder". Acredito que você se inspirou nos angolanos para postar este texto.
    É uma satisfação enorme saber que você voltou a escrever meu mestre. Estou muito contente pelo facto de voltar a estabelecer con tacto com você, ainda que de forma singela. Estou a morrer de saudades. Bruno Constantino, Luanda-Angola

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