terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nossos limites

Um, dois, três tiros...arma em punho. O alvo é muito real, completa o repórter. Mais um, dois, três tiros...a cena choca!
A informação textual não está errada, mas é de um exagero descabido, o que faz com que a informação esteja, no mínimo, mal colocada.
Ao segurar uma arma, apontar para o alvo e disparar o repórter "tira" a agressividade que o gesto tem em si.
Alguns dizem que esse é o tipo de cena que vemos todos os dias, seja nos programas de entretenimento, seja nos telejornais.
Ainda assim, a credibilidade do repórter ou do veículo não pode estar a serviço tão somente do senso comum. Pelo contrário, devemos questionar os estereótipos.
E aqui cabe uma outra consideração. A produção de uma notícia será tanto melhor ou com menos riscos de erro quanto mais olhares se voltarem para o fato.
No caso da reportagem citada o editor percebeu o exagero e não permitiu que a cena fosse veiculada.
As linguagens plástica e verbal são nossas ferramentas para contarmos as histórias da forma mais interessante para o público, mas há limites...
Perdê-los é como dar um tiro no próprio pé!

Um comentário:

  1. Fala queridão! Há quanto tempo...

    Sei que seu post é sobre telejornalismo, mas só queria comentar que os tais exageros descabidos me fizeram desistir do "jornalismo" brasileiro on-line..

    Pra mim a televisão é notícia velha já que passo o dia na frente do computador, mas tentar ler notícia na internet, mesmo em sites ditos respeitáveis é torturar demais meu pobre cérebro.

    Manchetes dúbias e outros truques pra atrair cliques vão além dos limites do meu humor. Melhor (pior) que isto, só quando eu clico no democrático link "comunicar erros" só pra receber uma justificativa ainda mais irritante do suposto jornalista.

    Foi em algum momento entre clicar na notícia e tentar comunicar o erro que eu desisti da brincadeira.

    Abração!

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