domingo, 25 de abril de 2010

Por que?

A poesia da infância, a petulância da juventude, as certezas ou falta delas da vida adulta. Fases de um tempo nosso ligadas pela pergunta...
Como nenhuma outra, ela nos estimula, nos excita, nos provoca. Corremos para ela, fugimos dela.Em algumas questões sequer admitimos a possibilidade de pensar nela. Sufocamo-la.
E com que freqüência há quem deixe a razão de lado por razões que a razão não explica de forma minimamente razoável.
Sim, pense quantas vezes você já ouviu algo do tipo: isso eu não discuto!
Por que?
Não há problema no questionamento. Ah sim, na falta dele.
Para não nos alongarmos, vamos tomar como exemplo a religião. Dois fatos recentes me chamaram a atenção.
Li uma notícia no Estadão sobre o objetivo de dois escritores britânicos acusarem o papa por crimes contra a humanidade, por supostamente o pontífice ter encoberto casos de pedofilia.
A primeira frase da reportagem é emblemática: Os escritores Richard Dawkins e Christopher Hitchens, dois importantes ateus britânicos, planejam...
Posto dessa forma é como dizer que a acusação se deve tão somente porque os escritores são ateus, desqualificando qualquer tipo de debate.
Será possível que por não acreditarem em Deus seus objetivos sejam menos nobres?
É o que parecem acreditar os leitores que postaram comentários no site. De certo são daqueles que se recusam a discutir, sempre.
Ou se crê ou não. Às favas com os argumentos, com as evidências, com as probabilidades.
Ainda nessa linha, outro dia, um repórter de um telejornal descreveu assim uma reunião religiosa: Uma festa de fé e milagre!
Milagre???
Eu pergunto: por que minha surpresa?

Um comentário:

  1. Eu acho que sua maior surpresa surge a partir do momento em que vc se auto-declara ateu!!!

    Eu acho que um bom escritor deve saber transmitir a sua ideia desde o momento em que resolve escrever até ao momento em que torna-se ele mesmo o consumidor da sua obra...

    Aposto que este repórter que vc se refere pertence a uma emissora que defenda interesses religiosos... caso eu tenha ganhado a minha aposta, é evidente que este repórter estivesse, tão somente, a vender o seu peixe!!!

    Somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos!!! Nossas opções de fé, são dos requisitos que mais nos diferem...

    Apésar de ser teu seguidor, defendo que mudes de opinião e passes a creditar na existência de Deus!!!

    Te garanto que num mundo como este em que nós vivemos, onde, ao mesmo tempo que tudo acontece, também nada acontece, não temos outra alternativa se não recorrer a fé Divina!!!

    Eu adoro deus e nada nem ninguém me fará pensar ao contrário!!!

    Bruno Constantino, Luanda-Angola

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